“Mais importante que manter a água do lado de fora é dar a ela mais espaço”. Uma casa na água é a última moda. A tecnologia moderna fez da água uma alternativa segura para a expansão urbana em áreas onde o terreno para se construir está ficando escasso e com a terra cada vez mais cara nos Países Baixos, construir na água oferece novas possibilidades.
A empresa Waterstudio.NL apostou na idéia e hoje é uma das empresas especializadas na construção de casas flutuantes, concentrada na arquitetura anfíbia, planejamento urbano e inovação.
Com a idéia de que se pode construir basicamente qualquer coisa na água a Waterstudio.NL tem vários projetos contemporâneas, como uma avenida flutuante de 400 por 20 metros com estruturas que podem subir e descer de 4 metros junto com a maré, projetado para a cidade de Antuérpia (Bélgica), ou um projeto que consiste em aproximadamente 400 casas aquáticas sobre ilhas, projetadas para formar cerca de 80 palavras em árabe, também projetaram um centro de reabilitação flutuante que mede 80 x 40 metros para um cliente de Aruba, que tem um pátio onde pode-se dar lições de mergulho.
A água sempre deve ter uma certa margem de variação, ou seja, as casas devem ser feitas para serem resilientes, ou para retornar à sua forma ou posição original. “Uma casa flutuante sobe e desce junto com o nível da água, deslizando para cima e para baixo ao longo de um conjunto de mourões ou cabos de atracação,” explica o arquiteto holandês Koen Olthuis.
Uma casa anfíbia pode ter dois tipos de fundações, baseadas em duas tecnologias diferentes. A tecnologia holandesa consiste em um recipiente flutuante de concreto que pode ser usado como um nível mais baixo, ou porão. A tecnologia canadense consiste em um recipiente quadrado virado de cabeça para baixo e preenchido com poliestireno, uma estrutura inafundável. A desvantagem do sistema canadense é que ele é relativamente instável. Como os holandeses tendem a construir casas anfíbias compridas que requerem, portanto mais estabilidade, a técnica holandesa freqüentemente é a mais usada.
A tecnologia flutuante tem sido a esperança para algumas ilhas que sofrem com a ameaça de submergirem com a elevação do nível do mar. É o caso das Ilhas Maldivas que assinaram um acordo com a empresa Dutch Docklands/Dutch Watervalley, o qual pretende criar instalações flutuantes como estratégia para lutar contra a elevação da maré que a ameaça a existência do arquipélago, já que nenhuma de suas ilhas possui mais de 2 metros de altitude. Além de uma ilha flutuante, projetada pelo arquiteto Koen Olthuis do Waterstudio.NL, a ilha também promete um centro de convenções e um curso de golfe.
A empresa Dutch Docklands entende de projetos aquáticos e utiliza métodos e materiais que reduzem o impacto na vida marinha e minimiza as mudanças nas costas marítmas, além de desenvolver uma série de instalações flutuantes que evitam que suas ilhas afundem assim como a Atlântida.
Mais sobre projetos de estruturas flutuantes nos sites: www.dutchdocklands.com e www.waterstudio.nl